segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Um sonho especial

Tive um sonho que me deixou impactada, um sonho especial. Quem recorda de seus sonhos sabe que nem todos são bons, gostosos, calmos ou inesquecíveis. Como diz Freud, sonho é realização de desejos, e hoje tive essa constatação. Meu inconsciente mostrou-me o quanto eu gostaria de encontrar uma pessoa, um grande amigo, um grande amor. E num sonho isso se realizou.

Encontrei-o por acaso, num lugar que parecia um banco onde eu estava aguardando para ser atendida. O ambiente era confuso, não por ser um banco mas por ser um sonho, estava sentada em frente a uma senhora que falava sem parar ao telefone e já ia começar a reclamar quando solicitaram que fosse para o andar de cima procurar por “fulana” (não me lembro do nome). Subi, identifiquei a pessoa e ainda fiquei esperando ela acabar de atender um senhor. Foi quando olhando em volta e dando-me conta do ambiente que me deparei com ele.

Estava em pé, segurando um livro e um casaco e quando me viu ambos ficamos desconcertados. Era surreal estar encontrando aquela pessoa. Estava ali na minha frente, tão claro, tão vivo que nem parecia sonho. Não houve abraço nem beijo. Conversando disse-lhe que depois de longo tempo eu havia reencontrado amigos em comum dos tempos de outrora e que todos me perguntavam por ele, queriam notícias. Ninguém sabia o que havia sido feito dele, muito menos eu. Ele então, sorrindo e meio sem jeito, com sua educação e leveza exemplares, nunca assistidas por mim em nenhum outro ser conhecido, contou-me que estava bem, tocando a vida e que havia escrito aquele livro autobiográfico. Lembro-me de ter visto bem a capa do livro, em tons que variavam do preto ao cinza claro, o nome à direita no campo superior da folha e alguns traços geométricos à esquerda e abaixo do título. O nome do autor aparecia na parte de baixo. Como era um sonho, lembro do desenho da capa, mas o nome já sumiu da minha memória.

Despedimo-nos com um forte abraço e uma emoção tomou conta de nós que, sem qualquer cerimônia, nos beijamos ali, um beijo de saudade, desculpas e felicidade por termos vivido nossas vidas, não como sonhávamos na juventude mas na correnteza da vida, seguindo a maré. Acordei com uma gostosa sensação de desejo realizado, daquelas que fazem a gente querer continuar sonhando. É.... Freud tinha razão!