quinta-feira, 19 de julho de 2012

O velho e a criança



C. G. Jung dizia “o velho pode aparecer representado sob diferentes formas: mago, médico, sacerdote, professor, avô ou pessoa de autoridade”.

Há diferenças e similaridades entre o velho e a criança. O velho é capaz de decidir; a criança não. O velho é lento; a criança é rápida. A criança brinca; o velho também. O velho é baseado em sua realidade e no que já viveu, faz diferenças entre o que é positivo e o que é negativo.

O mundo privilegia o que é novo. Vejam os manequins, as roupas – modelos e tamanhos. É um excesso de juventude e desprezo pelo que é velho.

Envelhecer é um processo da vida. É quase que inevitável – se está vivo a tendência é envelhecer com tudo o que tem direito, com perdas e ganhos.

O relógio é um marcador de tempo, marca o tempo da vida, marca as lembranças, os momentos de alegrias e tristezas e isso é a vida, isso é viver. O ser humano precisa do tempo para viver, para envelhecer, para saber de si mesmo, o que foi, o que é, o que deseja ser.

O desejo tem que fazer parte da vida em qualquer idade – o desejo de ser criança, de começar tudo de novo, de resignificar, de renascer, de reviver, de renovar. Como disse Einstein “só há duas maneiras de ver a vida: uma é como se milagres não existissem; a outra é como se tudo fosse um milagre”. A escolha está em nossas mãos!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

A idade é algo abstrato

Envelhecimento é um processo natural da vida que tem como resultado o desgaste contínuo dos órgãos e tecidos do corpo. O envelhecer (senescência) acontece porque nossas células envelhecem e consequentemente vão funcionando mais lentamente. Todos os processos dentro do corpo vão passando por esse processo.

Até metade do século passado poucos chegavam aos 70 anos, mas hoje é comum chegar aos 90 anos ou mais. Os tratamentos e medidas preventivas tais como parar de fumar, beber com moderação, controlar o peso, fazer exercícios físicos com regularidade, ter um casamento ou relação estável, saber lidar com estresse, proporcionam um envelhecer saudável, afastando em muito o risco de doenças.

A família e a sociedade, de um modo geral, têm uma tendência impor um fim à responsabilidade e à iniciativa das pessoas idosas que passam a ser consideradas insuficientes e incapazes e aí a depressão chega sem aviso prévio, deixando-as com dificuldade de formular seus projetos, sem energia e motivação. Para os filhos surgem as dúvidas sobre o agir e lidar com a queda de produção daqueles que amam.

A velhice é uma etapa da vida que, num indivíduo saudável, é considerada como a idade da sabedoria, onde pode ensinar e aprender (por que não?).

Mas também é nessa etapa que a depressão e o stress se constituem numa realidade importante para quem os vivencia. Lidar com perdas, doenças, aposentadoria, cuidar de netos, separação de filhos são exemplos de fontes de stress. A faixa etária também é um diferencial nessa questão – quanto mais velha maior a dificuldade para lidar com esses problemas, ficando o sujeito suscetível a doenças graves e crônicas, podendo vir a afetar sua qualidade de vida.

Para um indivíduo que está satisfeito consigo mesmo e que tem boas relações com aqueles com quem convive, a idade é uma coisa abstrata, que passa despercebida. Adaptar-se às mudanças, ter projetos, sonhos e persegui-los com amor e respeito é uma receita infalível para um envelhecimento saudável.

Portanto, é melhor começar a se cuidar enquanto pode. Aceitar mudanças pode ser um caminho de sucesso pois manter os mesmos comportamentos só trarão os mesmos resultados. Tenha em mente que envelhecer é uma vitória. Pense nisso!

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