terça-feira, 22 de maio de 2012

A saúde do cuidador (familiar) de idosos. Que pessoas são essas que cuidam e precisam de cuidados?

Abaixo dois trechos retirados do artigo escrito por Garbin CAS et al. e publicado em Ciência & Saúde Coletiva 15(6):2941-2948, 2010:
O envolvimento emocional do cuidador com seu trabalho pôde ser observado de ângulos distintos: ao mesmo tempo que proporciona superação das deficiências técnicas, colabora também para a sobrecarga física e emocional de quem presta o cuidado, o que não nos deixa esquecer a importância da preservação da saúde (física, mental e emocional) do cuidador.(p. 2947)
As mudanças advindas da terceira idade levam os idosos, em muitos casos, a necessitar de alguém para auxiliá-los em atividades que antes pareciam de simples execução. Dessa necessidade surge a figura de cuidador de idosos, que em muitos casos passa-nos sob um olhar desatento e sem a devida capacitação, resultando em desgaste tanto para o ser cuidado quanto para o cuidador. Entretanto, hoje no país, pouco se conhece do impacto, sobre o sistema de saúde, de idosos que estão dependentes e necessitam de um cuidador.(p.2942)
Estudos demonstram que há uma preocupação para com os cuidadores de idosos até porque essas pessoas geralmente também são idosas ou membros da família que deixam de trabalhar para ficar em casa. É esposa que cuida do marido; a filha que cuida da mãe; o marido que cuida da esposa; etc. Estatisticamente é maior o número de mulheres que cuidam de alguém, até porque elas vivem mais.
A preocupação é principalmente com relação à qualidade de vida desse(a) cuidador(a) com vistas a favorecer seu bem estar físico e emocional.
O(A) cuidador(a) necessita de ajuda: a) instrumental (outra pessoa que ajude nas tarefas diárias); b) material (aparelhos, remédios, curativos); e c) psicológica (ajudar a refletir sobre a doença e sua evolução) e para uma escuta que auxilie na compreensão e resignificação das situações que se apresentam.
Pessoas que estão vivenciando essas situações devem procurar ter ajuda de outra pessoa nas atividades diárias (dividir rotinas) de maneira a propiciar-lhe tempo para participar de terapias individual e/ou em grupo, ter atividades prazerosas e praticar atividade física que irão ajudar na diminuição do estresse e da sobrecarga.

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